Eis que faço novas todas as coisas!”
1.Acolhida.
A Liturgia dominical é o magistério (ensino) de Jesus! A criação do mundo e do homem é obra perfeita, saída das mãos do Criador, mas o pecado cometido pelo ser humano introduziu o sofrimento e a morte em todo o universo, mas Jesus, com sua vida, paixão, morte e ressurreição, reintroduziu a vida e a beleza na criação universal: “Eis que faço novas todas as coisas!”.
A Liturgia dominical bem celebrada, reintroduz em cada celebrante a vida e a novidade trazida à terra pela ressurreição de Jesus. O cristão que participa da celebração dominical deve sair do templo, transformado em discípulo missionário de Jesus Cristo.
2.Palavra de Deus.
At 14,21-27 – A Palavra de Deus nos encoraja para a fidelidade, mas nos recorda que a tribulação é o preço a pagar! Jesus entrou na glória passando pelo sofrimento e todo o bom discípulo passa pelo mesmo caminho!
Ap 21,1-5 – Jesus fará um novo céu e uma nova terra, descida dos céus! Deus mesmo vai morar no meio dos homens, enxugando-lhe as lágrimas do sofrimento! Esta não é “promessa de político”, mas é Palavra verdadeira de Deus!
Jo 13,31-35 – Jesus se despede dos discípulos, chamando-os, carinhosamente, de “filhinhos”! Prescreve-lhes o Novo Mandamento que servirá de sinal de identificação e de garantia de Amar,
3.Reflexão.
A ressurreição de Jesus é a grande novidade que Deus introduz no universo. Tudo é novo: A morte é derrotada, As portas da eternidade são reabertas; até mesmo a terra será renovada, o outro é meu irmão e o Mandamento do Amor, conhecido no Antigo Testamento, será igualmente renovado: Será um Novo Mandamento e o Mandamento de Jesus! “Eis que faço novas todas as coisas!”.
Mas não basta amar o irmão de sangue, o visinho de casa… Mas amar a todos, no jeito de Jesus. Amar, inclusive, os inimigos! Amar como Jesus amou. Esta é a novidade do Mandamento de Jesus, novidade identificadora dos discípulos de Jesus! É o amor cristão que nos renova que nos faz homens novos, cantores do “cântico novo”, herdeiros do Novo Testamento, membros verdadeiros da Esposa de Jesus Cristo (Igreja) (Santo Agostinho).
A ressurreição de Jesus coloca em nosso íntimo um fermento novo de verdadeiros filhos de Deus. A vida neste mundo, que traz ainda as marcas do pecado, precisa ser construída pela graça divina e pelo esforço individual e comunitário. Em Cristo renascemos e n’Ele precisamos crescer em idade e graça diante de Deus e dos homens!
A Palavra de Deus não nos esconde que precisamos passar por muitos sofrimentos para entrar na vida nova da salvação: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus!”.
Paulo e Barnabé informaram à Comunidade de Antioquia, todas as maravilhas que Deus tinha operado entre os pagãos! Tinham sido enviados em nome da Comunidade e a ela prestaram contas de seu trabalho apostólico. O trabalho pastoral nunca é expressão de individualismo, mas é expressão da solidariedade comunitária.
“Eu vos dou um novo Mandamento: Amai-vos como Eu vos amei!”.
Frei Carlos Zagonel.
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